terça-feira, 12 de maio de 2009

Libertadores é sofrimento

Ufa! Que jogo hein? Dramático, sofrido, suado, vencido nos penalties, ou seja, a cara da Libertadores.

Não existe palmeirense, vivo ou morto, que não esteja feliz com esta classificação. Nosso time (e nossa torcida, é claro) tinha essas oitavas-de-final engasgadas desde a bi-eliminação para os bambis em edições recentes. O Palmeiras precisava livrar-se do estigma de só chegar até aí, e livrou-se.
Foi uma dessas classificações que engrandecem um time dentro da competição(chavão batido, mas verdadeiro).

Como destaques, vejo o garoto Souza, que me faz ter esperanças de um grande futuro, a vontade do Pablo Armero e o lampejo do velho Marcos, que voltou a ser o goleiro de 1999, que decide na hora que precisa, ainda que tenha falhado no gol do Sport.

Marcos aliás é um caso para estudo. Se computados os resultados gerais dele, sua carreira no Palmeiras não é nenhuma "Brastemp". Poucos títulos, um rebaixamento, aquele desastre no Japão. Mas são jogos como os de hoje que criaram e recriaram a sua mística de grande goleiro, de "goleiro das grandes decisões".

Não sou fã dele pelo conjunto da obra, mas não tenho como negar que quando sua estrela resolve brilhar, o Palmeiras tem muito a agradecer a ele. Se ele fosse sempre assim, eu pelo menos não o esculhambaria tanto. Que nesta reta final de sua carreira, ele possa viver mais momentos como este e, quem sabe, até levantar um troféu lá em Dubai, livrando-se do estigma de 99.

Só que...pois é, corneteiro sempre tem um "mas", o Palmeiras não chegará nem à ante-sala do Aeroporto para um vôo da Emirates, se suas (muitas) falhas não forem corrigidas.

Temos um atacante que só presta para fazer gols no Marília, Portuguesa, Mogi Mirim. Isso é um problema, pois o Keirrisson e suas meias brancas e camisa engomada ao final de boa parte dos jogos não ajudam em nada o Palmeiras.

Nosso elenco é pífio. Temos contado com muita, mas muita sorte mesmo e com estrelas individuais, que tem brilhado quando precisamos, como é o caso do Cleiton Xavier contra o Colo Colo e agora do Marcos, contra o Sport em Recife.

É muito, muito pouco para quem deseja levantar uma Taça Libertadores e, quem sabe, até um Mundial, título inédito na história do Palmeiras.

Precisamos de um lateral, precisamos de um atacante, precisamos de mais qualidade na zaga, precisamos de um bagre que saiba pelo menos marcar e não seja bizonho como esta múmia que ressucitaram não sei de onde, que é o tal do Mozart.

Enfim, tal qual eu disse após o jogo contra o Colo Colo, o Palmeiras precisa se mexer. Dar alguma qualidade ao seu elenco para, na hora em que precisar da sorte, não seja só com ela que o time tenha a contar.

Estou feliz pela vitória, aliás, pela classificação, porque perdemos o jogo. Só que assistir o Palmeiras jogando feito um time pequeno não me dá tranquilidade e nem confiança.

Nossa diretoria precisa correr. Perderam tempo entre a fase de grupos e as oitavas, e passamos por elas no sufoco. Se perderem tempo outra vez para as quartas-de-final, pode ser que não haja tempo para fazer nada depois e aí, nesse caso, tome notícia da tal "arena" que essa semana já anunciaram que ficará para o "ano que vem".

Não estou pedindo que vocês, ilustres palestrinos incompetentes e inertes que dirigem o clube, construam uma arena multiuso que está muito além de suas capacidades. Peço apenas dois ou três nomes que possam ajudar este time a fazer história dentro de campo, já que vocês fazem um péssimo trabalho escrevendo-a fora dele.

Afinal, Libertadores é sofrimento, mas a gente não precisa colaborar para sofrer mais do que o necessário.

Avanti, Palestra! Que a sorte não o abandone!

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi, eu não achei seu email por isso estou usando o espaço de comentário para dizer que exclui minha conta no twitter, mas não quero perder contato c/ pessoas inteligentes como você.
Me adicione, ou mande email: jordantransportes@hotmail.com
Abraço,
Jordan

 
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