Separando os homens das crianças

Hoje é o dia que definirá o futuro do Palmeiras em 2008. Se vencer, vencerá bem mais do que um clube sem história e nem vergonha, que fabrica resultados como rosquinhas de padaria, ele definirá seus objetivos e sua relação com a torcida no restante do ano.

Caso saia com a vitória do campo, o Palmeiras dará um passo sólido rumo ao título paulista de 2008, recobrará definitivamente a confiança perdida nos ultimos anos e terá a tranquilidade necessária para trabalhar e buscar resultados nas demais competições das quais ainda participa neste ano(Copa do Brasil, Brasileirão e Sul-Americana), com reais chances de sair vencedor de qualquer uma delas.

Ganhará a tal "liga", não só entre o elenco mas também entre time e torcida. Haverá paz e essa ansiedade pela fila de 8 anos sumirá no ar como neblina.

Caso perca (bato na madeira), uma boa parte da torcida se desiludirá e perderá a paciência, o próprio time perderá estabilidade e todas as demais competições do ano serão jogadas sob o jugo desta fila que precisa acabar, pois um clube do tamanho do Palmeiras não pode ficar sem títulos, enquanto Paulista de Jundiaí, São Caetano e Santo André já venceram neste século cada um alguma coisa importante.

A diretoria também sairá fustigada e o barulho que a oposição, até agora quieta devido às mágicas do mestre Luxa, irá fazer voltando a tumultuar mais ainda o ambiente. Essa diretoria investiu, trouxe nomes, trouxe o melhor técnico do Brasil, mas se não trouxer também uma taça corre o risco de ir para a história como uma das mais derrotadas da nossa história, alimentando a segunda fila por qual o Palmeiras passa.

O fator psicológico, aliado ao extra-campo e a cornetagem poderá jogar o ano de 2008 no lixo caso o Palmeiras não se classifique hoje. Por isso é hora destes jogadores entenderem que precisam entrar em campo com sangue nos olhos, jogar como se fosse o último jogo da vida deles, atropelar esses bambis e, de uma vez por todas, separar os homens das crianças.

Força Palmeiras!